Experiências de manejo sustentável do IFT são destaques em evento da UFPA

Experiências de manejo sustentável do IFT são destaques em evento da UFPA

O desenvolvimento sustentável da Amazônia e as experiências positivas no uso da floresta foram as principais pautas do evento “FLORESTalks: Desenvolvimento + Floresta Amazônica”, promovido pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará, no último dia 05 de junho. Na atividade, a pesquisadora associada do Instituto Floresta Tropical (IFT), Ana Luiza Violato Espada, destacou os benefícios e os desafios do manejo de florestas comunitárias na região.

Durante a explanação, a pesquisadora citou algumas experiências de manejo que são consideradas referências de governança florestal como, por exemplo, as do município de Porto de Moz, região oeste do Pará. Na localidade, seis comunidades desenvolvem o manejo florestal comunitário e contam com a expertise técnica do IFT que assessora, treina e capacita os produtores agroextrativistas nas boas práticas de manejo.

Sustentabilidade

“O manejo florestal é uma forma planejada e consciente de deixar a floresta em pé. Por isso é importante que esse tipo de iniciativa seja cada vez mais conhecido e multiplicado”, ressaltou Ana Luiza. Segundo ela, ainda existe muito desconhecimento sobre o que é manejo sustentável e sobre o caráter participativo e inclusivo da atividade.

Ana Luiza destacou os benefícios e os desafios do manejo de florestas comunitárias (Foto: Adison Ferreira/IFT)

“A prática do manejo florestal é participativa porque conta com o envolvimento de diversos atores e agentes sociais como a academia, os órgãos governamentais, a iniciativa privada e a comunidade. Ao mesmo tempo essa prática é inclusiva, pois também agrega as mulheres e os jovens dessas localidades, proporcionado visibilidade e protagonismo a esses grupos”.

Para a pesquisadora, os maiores benefícios da experiência do manejo sustentável são a valorização da floresta e a geração de renda e trabalho para a própria comunidade. “Os benefícios gerados não são apenas para os moradores, mas para tudo que está em volta dessas localidades. Essas atividades beneficiam a iniciativa privada que passa a adquirir um produto de origem legal; os órgãos públicos que fazem a fiscalização da área; o meio ambiente e a própria comunidade, que além de ajudar a manter a floresta em pé, ainda usufrui economicamente do manejo”, afirmou.

O “FLORESTalks: Desenvolvimento +” foi uma ação do grupo de pesquisa do NAEA/UFPA “Conservação e Governança Ambiental na Amazônia”.

 

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