Lideranças agroextrativistas compartilham suas experiencias em evento sobre manejo florestal comunitário

Lideranças agroextrativistas compartilham suas experiencias em evento sobre manejo florestal comunitário

Moradores das Reservas Extrativistas Arióca Pruanã, no município de Oeiras do Pará, e Mapuá, no território de Breves, ilha do Marajó, compartilharam, na última terça-feira, 24/09, suas experiencias com manejo florestal comunitário durante o seminário “Manejo Florestal Comunitário e Gestão de Florestas Públicas: oportunidade de geração de trabalho, emprego e renda para o Estado do Pará”, promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), com o apoio do IFT e IEB, em Belém.  No evento, que reuniu representantes de diversas instituições ligadas à pesquisa, ensino, assistência técnica e gestão de Florestas Públicas, os comunitários apresentaram os desafios e oportunidades de trabalhar com o manejo florestal em Unidades de Conservação.

“A luta para a implantação do manejo florestal comunitário não é fácil, principalmente pela falta de apoio dos órgãos do governo, que deveriam dar mais estrutura para essas organizações comunitárias que mantém, de fato, a floresta em pé. Mas, mesmo com um cenário desfavorável, nós, enquanto lideranças comunitárias, continuamos firmes para que esse tipo de atividade exista. E graças a nossa organização e apoio de instituições como o IFT, nós seguimos com essa batalha para colher bons resultados. A aprovação do manejo comunitária na Resex onde eu moro é um grande exemplo disso”, relatou Arnaldo Silva, liderança comunitária da Resex Mapuá, unidade que teve o plano de manejo aprovado recentemente.

Jailton Gonçalves, Arnaldo Silva, Alderi Matos e José Filho destacaram a importãncia do manejo sustentável (Foto: Ascom/IFT)

Estudante de Engenharia Florestal e morador da Resex Arióca Pruanã, José Filho, ressaltou a importância da inclusão dos manejadores em espaços de discussões promovidos pelo governo.  “É fundamental que o manejo florestal comunitário e a gestão de unidades de conservação sejam pautas do governo, pois, essas decisões tomadas aqui nos afetam diretamente. Mas é fundamental também que esses espaços sejam ocupados por lideranças e manejadores agroextrativistas. Afinal, não dá para falar em política pública de economia florestal e em plano de manejo comunitário sem ouvir os principais envolvidos nesse debate”, afirmou.

Além do relato dos comunitário, o evento também contou com uma apresentação da coordenadora do Programa Florestas Comunitárias do Instituto Floresta Tropical, Ana Carolina Vieira. A gestora destacou as ações do IFT no treinamento e capacitação de atividades agroextrativistas e assessoramento de plano de manejo comunitário em unidades de conservação. Na explanação foram demonstrados os resultados produtivos do manejo florestal e as oportunidades financeiras surgidas com as atividades florestais das Resex Verde Para Sempre, em Porto de Moz,  Ituxi, no sul do Amazonas e nas três unidade de conservação do Marajó, beneficiadas pelo Projeto Florestas Comunitárias. A coordenadora ressaltou ainda sobre a importância do manejo florestal comunitário para o desenvolvimento de uma economia florestal na Amazônia abordando as oportunidades e desafios para o desenvolvimento dessa agenda.

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