IFT promove oficinas de associativismo e cooperativismo nas Resex do Marajó

IFT promove oficinas de associativismo e cooperativismo nas Resex do Marajó

Moradores das Reservas Extrativistas Arióca Pruanã, Mapuá e Terra Grande Pracuúba, localizadas na região do Marajó, participaram, entre os dias 3 de fevereiro a 7 e março, da primeira etapa de oficinas para o fortalecimento das organizações locais. As atividades, promovidas pelo Instituto Floresta Tropical, têm como objetivo apoiar o desenvolvimento e o aprimoramento de modelos de manejo florestal comunitário e familiar nas três Unidades de Conservação atendidas pelo programa Florestas Comunitárias.

Seguindo o plano de trabalho, definido pelas próprias lideranças agroextrativistas, a primeira rodada de oficinas destacou o associativismo e cooperativismo como ferramentas para o fortalecimento comunitário. As atividades foram acompanhadas pelos técnicos florestais do IFT e ministradas pela equipe técnica do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), entidade responsável pela facilitação da oficina e execução do plano de trabalho.

De acordo com Marcelo Galdino, coordenador do programa Florestas Comunitárias, a oficinas atendem aos anseios das lideranças locais das Resex e são fundamentais para a construção de conhecimentos sobre a viabilidade de empreendimentos florestais.

“As atividades visam garantir que tanto as cooperativas como as associações sejam fundadas apenas se houver viabilidade administrativa e organizacional comunitária. A nossa finalidade é compartilhar conhecimentos, diminuir as dúvidas e, principalmente, empoderar e fortalecer essas comunidades”, explica Galdino.

Durante a capacitação foram utilizadas metodologias participativas como rodas de conversas e dinâmicas reflexivas sobre o processo de associação e cooperação em comunidades tradicionais.

“O objetivo da metodologia colaborativa é encorajar e incentivar a participação de toda a comunidade na construção e fortalecimento da organização social. A ideia é mostrar o quanto o associativismo e cooperativismo sãos instrumentos imprescindíveis para que uma comunidade passe a ter, de fato, maior expressão econômica e social”, destaca Allison Castilho, um dos facilitadores da oficina.

 

Resex Arióca

Na Reserva Extrativista Arióca Pruanã a oficina foi realizada na comunidade Deus Proverá, nos dias 3 e 4 de fevereiro, e reuniu 33 participantes que debateram os desafios e as fragilidades da organização comunitária. “Esse momento foi interessante porque os extrativistas puderam discutir coletivamente o grau de maturidade da principal organização local e, principalmente, refletir criticamente as fragilidades, desafios e possibilidades para se fortalecerem”, ressalta a técnica do IEB, Waldiléia Rendeiro, facilitadora da atividade.

                Comunidade Deus Proverá (Foto: Acervo/IEB)

 

Resex Mapuá

Na Resex Mapuá, as oficinas foram realizadas em duas comunidades. Nos dias 10 e 11 de fevereiro na localidade Bom Jesus e nos dias 12 e 13 do mesmo mês na vila Boa Esperança. As atividades contaram com a participação de 67 manejadores florestais, incluindo representantes da Associação dos Moradores da Resex do Mapuá (AMOREMA) e da Cooperativa de Produtores Agroextrativistas dos rios Aramã e Mapuá (COAMA).

 “A iniciativa do IFT foi um importante momento de aprendizado para os produtores locais e, além disso, uma excelente oportunidade para que sócios e cooperados na nossa Resex entendam os seus direitos e deveres enquanto integrantes dessas organizações sociais”, ressalta Michele Marques, presidente da COAMA.

Comunidade Boa Esperança, Resex Mapuá

 

Resex TGP

Na Resex Terra Grande Pracuúba, as atividades ocorreram em três comunidades e reuniram 112 participantes. Nos dias 18 e 19 de fevereiro na localidade Estancia; dias 3 e 4 de março na comunidade Pacas; e dias 6 e 7 do mesmo mês em Santa Maria.

 

                    Comunidade Estancia (Foto: Acervo/IEB)

 

Próximas oficinas

As oficinas  de associativismo e cooperativismo são iniciativas do projeto “Florestas Comunitárias”, que tem o objetivo de apoiar o  fortalecimento comunitário e a implementação de modelos de manejo florestal comunitário para uso e comercialização de madeira e açaí nessass localidade. O projeto conta com o apoio financeiro do BNDES, por meio do Fundo Amazônia, e com as parcerias institucionais da Caterpillar, Keila Florestal e Stihl. As próximas oficinas no plano de trabalho são:  Capacitação em gestão administrativa e financeira; Elaboração de Regimento Interno e a Criação e consolidação de cooperativas agroextrativistas.  As atividades estão previstas para meses de abril e maio deste ano.

 

Acompanhe aqui a galeria de fotos das oficinas de associativismo e cooperativismo no Marajó. 

 

 

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